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Como ensinar o seu filho a lidar com as emoções? [Parte 1]

“Não gostar de emoções negativas é tão útil quanto não gostar de inverno.
O inverno virá você querendo ou não, assim como as emoções. Melhor do que gostar ou não gostar é saber lidar com elas”.

Nos dias atuais saber lidar com as próprias questões emocionais é algo extremamente importante e valorizado, é só observar o quão criterioso estão as seleções de trabalho, na qual se buscam indivíduos mais “equilibrados emocionalmente”, ou que saibam lidar com pressão, por exemplo.

Antigamente o nível de inteligência de uma pessoa era muito valorizado e hoje percebe-se que o valor não é mais o quanto se sabe, mas sim como se relacionar consigo mesmo e com os outros.

É o que a Psicologia chama de “Inteligência Emocional” que é a habilidade de reconhecer os seus próprios sentimentos e emoções, além de compreender as dos outros e saber lidar com elas.

Lidar com as próprias emoções não significa que a criança não chora, ou não se irrita, significa que sabe lidar com elas, ou seja, quando possuem um problema conseguem encontrar soluções de forma saudável.

Crianças desde o começo da vida, expressam suas emoções e a partir daí a papel dos pais é fundamental, elas podem ser trabalhadas a favor ou contra o desenvolvimento humano, tudo dependerá do posicionamento dos pais e familiares.

É necessário treinamento e vivência prática, para ensinar um filho a lidar com as emoções e ensinar que não se deve repreendê-las, desrespeitá-las ou ignorá-las.

As crianças devem ter toda a liberdade para expressar emoções: alegria, afeto, tristeza, medo e raiva, as chamadas emoções autênticas. Se a criança for levada a reprimi-las, desenvolverá uma personalidade instável, podendo se sentir insegura e desconfortável com os seus próprios sentimentos e emoções.

Fazendo o reconhecimento com as emoções do filme “Divertida Mente”. Podemos classificar a importância de cada emoção:

Medo: função básica de preservação da vida. Objetiva antecipar o dano físico ou psicológico.

Raiva: surge em situações nas quais o sujeito sente-se restringido, privado. É uma emoção que, quando evocada, pode gerar severo dano no ambiente no qual interage o sujeito.

Tristeza: é considerada a emoção mais negativa e desagradável, surgindo, principalmente, de situações de fracasso ou separação. É uma emoção que promove o retraimento global do indivíduo, podendo evoluir para severos déficits sociais. É uma emoção que, quando bem dosada, promove reparação, reflexão, estímulo de mudanças e novos atos produtivos.

Alegria: expressa acontecimentos desejáveis para o sujeito tanto no nível pessoal quanto no coletivo. Serve como uma forma de equilíbrio contra as emoções desagradáveis. Reforça fortemente vínculos sociais, pois a principal via de expressão da alegria é a promoção de interações sociais positivas.

Nojo ou Repulsa: deriva da necessidade de evitarmos nos contaminar com coisas deterioradas ou estragadas, a fim de não vulnerabilizarmos nossa saúde. As contaminações podem ser interpessoais, corporais ou morais. Gera comportamento de rejeição. Uma das emoções mais influenciadas por questões culturais.

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